sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Emília

Dos contos infantis,
Não tem o pó de pirlimpimpim,
Más um sorriso meigo,
Doce como o aroma das flores.

Tu não és feita de pano,
Más de pele macia,
Suave como seda,
Tenra como o luar.

Tu não és ficção,
Tem um coração de verdade,
Não é metáfora de Lobato,
Más têm um olhar de conto de fadas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Pai

Toda criança tem um herói,
Não fujo à regra,
Más o meu caso é especial.

Heróis de quadrinhos,
Heróis de "TV",
Mas igual ao meu, jamais.

Heróis mutantes,
Heróis robôs,
Heróis anjos?

Tenho um herói imortal,
Que me ama como a um filho,
E estará sempre comigo.

Tenho um herói que é anjo,
Que eu tanto amo,
E o mais interessante,
Posso chamá-lo de pai.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Poeta

Em meio a batalhas homéricas,
Onde se inala o medo,
Cultiva-se o amor,
Num campo minado.

Em meio ao caos e a dor,
Banhado por lágrimas,
Semea-se a esperança,
Num sorriso amarelado.

Em meio a batalhas homéricas,
Inspira-se o caos e a dor,
E banhando pelo sangue,
Espira-se um amor entorpecente.

Em meio ao caos e a dor,
A figura dum poeta,
De lágrimas enxutas,
E um novo sorriso.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dias de Amante

Nas manhãs ensolaradas,
ouve-se um canto vertiginoso,
de pássaros que declamam,
os sentimentos de quem ama.

Nas tardes alaranjadas,
sente-se um perfume exótico,
de rosas que proclamam,
a dependência daquele que ama.

Nas noites nubladas,
encanta-se de olhos cerrados,
com o brilho de astros notívagos,
que iluminam a face da amada.